AS MODERNINHAS PAG SEGURO

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"O novo Comunismo/Marxismo" segundo Antonio Carlos Iranlei Toscano Moura Domingues

Aos leitores do Mimoso Esclarece, apresento os ensinamentos e pensamentos de Antonio Carlos Iranlei Toscano Moura Domingues, professor da UFPB/ ESMA/ FESP/ FESMIP/ UNIPÊ, assim como Advogado especialista em Dir. Penal e criminologia, mas com estudos relacionados as Teorias Socialistas, Filosóficas, entre outras relacionadas, com as quais neste texto ele esclarece acerca do "novo Comunismo/Marxismo", como se transcende na vida da sociedade contemporânea. Com isso leiam abaixo, pesquisem, compartilhem e discutam.


A grande confusão que a muitos teóricos fazem hoje em dia é a de que o Capitalismo é o concorrente do Comunismo/Socialismo/Marxismo. Tratam-se de coisas distintas e, por mais 'paradoxal' que sejam, muitas das vezes são inter-relacionadas (Nenhum País Comunista é anti-capitalista em sua totalidade, pois é impossível sê-lo. Cite-se o exemplo impossibilidade de fixação do preço em um regime totalmente alheio ao mercado ou 'autossuficiente').

Vou tentar me fazer mais claro. Capitalismo apenas é um sistema econômico, onde a produção/acumulação/distribuição de riquezas bens e serviços são, 'grosso modo', a forma de orientação da organização da produção humana e seu excedente. Assim, os 'capitalistas' (falo aqui dos teóricos que se debruçam sobre a discussão deste sistema) podem ser divididos (estou sendo o mais rasteiro possível) em duas classes: Conservadores e Liberais (levando em consideração a intervenção do Estado na economia). O Socialismo/Comunismo nunca foi (falo aqui teoricamente) contrário ao sistema de produção capitalista, mas contra 'a forma de organização social dentro de um sistema de circulação de bens e serviços'. Muita das vezes eu brinco dizendo que o Comunismo e o lado invejoso do Capitalismo, pois os do lado de lá querem, todos, vir para o lado de cá, porém sem o infeliz e necessário 'suor do trabalho'. Brincadeiras à parte... 

O Comunismo/Socialismo/Marxismo são ideologias (uma pseudo teoria científica cujo interesse é validar com a 'autoridade de ciência' um conjunto de interesses e desejos; nas palavras de Karl Marx, 'um vestido de ideias'*), ou seja, ultrapassam de uma maneira absurda a mera análise de mercado. A ideia que se tem daquelas são, ainda, tidas como referência nas primeiras linhas de Marx no Manifesto Comunista. Hoje a coisa não é mais bem assim. 

Após toda a (des)construção teórica marxista pelas várias correntes desta ideologia (sim, o marxismo é uma ideologia em constante mutação/adptação e reinterpretação da realidade à luz de uma paralaxe cognitiva constante) temos que o Marxismo contemporâneo é marcado não pela antiga luta entre burguês x proletário/dono dos meio de produção x escravos por só ter a mão-de-obra, mas por algo muito maior e além disso.

Nos escritos de Antonio Gramsci (Cadernos do Cárcere), George Lukács e, especial de toda uma construção de teóricos da Escola de Frankfurt (Horkheimeir, Adorno, Marcuse, etc.) vê-se, claramente, a criação de uma nova interpretação do Marxismo (ideologia dentro da ideologia ), o que é chamado de Teoria Crítica, mais vulgarmente conhecida como 'Marxismo Cultural'.

Em que ela se baseia? Na construção de uma sociedade em constante revolução (a utopia de uma sociedade perfeita, sem classes, chegará após a depuração máxima possível que ocorrerá na medida em que houver a constante disputa entre as classes alternando-se no poder - não confundir isso aqui com Democracia, pois as classes aqui precisam ser entendidas como 'grupo' ou 'companheiros' filiados à mesma ideologia, ou seja, uma mesma cosmovisão) onde faz-se necessária a luta do próprio 'marxismo para um marxismo melhor e mais apurado'. Assim, o tripé do "Marxismo Cultural" (e o Brasil o está implantando de maneira plena, exatamente nas linhas propostas por Gramsci), para que o 'proletário' chegue ao poder e lá se mantenha (atente-se que a alternância do poder sempre será defendida se for pelos partidos de esquerda - comunistas ou socialistas), a melhor forma de motivá-lo para tanto é desde cedo, usando-se dos canais e instituições da própria cultura 'burguesa' de forma a impregná-los de concepções, valores e signos marxistas, mormente para que, ao chegar a idade adulta, o indivíduo tenha a plena convicção que a civilização ocidental é o mal da humanidade, e o comunismo a salvação do mundo, pois seria o único sistema político-econômico-cultural que é viável.

O novo Comunismo/Marxismo, divide-se em três objetivos bem definidos e complementares:

1 - Desconstrução da ética-moral judaico-cristã;
2- Desconstrução do toda tradição filosófica da Grécia Antiga;
3- Desconstrução da noção do direito de propriedade herdada do D. Romano;
4 - Desconstrução de instituições básicas consideradas herança burguesa, em especial, 'a família' e a noção de gênero.

Com esta desconstrução, dizia Gramsci, a sociedade estaria livre dos males que não a deixa revolucionar, seguir o caminho que lhe é certo por natureza, ou parafraseando Nietzsche, o homem converter-se-á no "übermensch".

Fonte do texto:

 Maiores informações colocamos a disposição abaixo os dados profissionais do professor e advogado 

          Antonio Carlos Iranlei Toscano Moura Domingues .·.
                                   Advogado - OAB/PB 11.297
     Esp. em Direito Penal e Criminologia  / Me. em Direito Econômico
              Professor da UFPB / ESMA / FESP / FESMIP/ UNIPE
                         Curriculum Lattes:  http://bit.ly/yoiW5K 


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